Cada um feliz na sua competência

Certa vez eu estava no trabalho, em um desses dias em que tudo sai atropelando todo mundo e lógico: tudo é urgente, e pedi ao colega uma alteração em determinada demanda. No entanto, estávamos todos tão sobrecarregados que mencionei a vontade de querer fazer aquilo. Porém, eu não sabia.

Ele disse apenas uma coisa: “Calma. Cada um na sua competência”. Fiquei com aquilo na cabeça durante dias. Pensando que de fato cada um sabe e tem um dom para uma ou mais coisas, mas ninguém sabe tudo. E isso é maravilhoso! É nessa diversidade que se faz o coletivo, que se constroem equipes, que são formadas verdadeiras famílias.

Trabalhar com o que se ama é sorte (Ok! Perseverança, dedicação, suor, portas fechadas, outras entreabertas… também). Um verdadeiro privilégio. Há sim aqueles dias em que nem dá vontade de levantar da cama, mesmo com o céu azul e o sol fazendo tudo brilhar. Mas, no mais das vezes, sair para trabalhar é um prazer. Ou, pelo menos, deve ser motivo de contentamento.

Escolher uma profissão não é fácil. A pessoa é “obrigada” a, aos 18 anos, decidir o que quer fazer pelo resto da sua vida com uma influência enorme dos pais, professores, colegas de turma e até mesmo dos testes vocacionais. Mas e se no meio do curso descobrir que não é exatamente aquilo? Larga tudo e vai em busca da felicidade! Vai haver algo com o que se identificar. São tantas boas profissões nesse mundo… Aliás, todas, sem exceção, boas e fundamentais. Não existe profissão mais digna ou melhor que outra. Todas são igualmente importantes para o desenvolvimento diário.

E é nesse fluxo de crescimento que se faz importante a felicidade como quesito primário para a escolha da profissão. Um riso frouxo, uma sensação de leveza, de ir sempre encontrar com amigos, de que aquela determinada atividade é tranquila demais pra ser trabalho. E se houver dificuldade, alguém da equipe vai ajudar. Isso é coletivo. É amor. É identificação com a sua formação e função. Isso é um verdadeiro colorido à alma!

Afinal, trabalhar é uma arte. E ainda dignifica o homem. Trabalhar com o que se gosta então… Sorte grande, uma verdadeira mega da virada, mas lembre-se: para ganhar, você precisa jogar!

Maiana Marques
Jornalista e fotógrafa

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