Mudanças pedem sacrifícios

Eu venho trabalhando no mercado de comunicação há cerca de 5 anos e sempre tem aquele cliente que sente a necessidade de mudar ou porque sua empresa está com alta rotatividade de pessoas, ou porque a concorrência cresceu demais, ou até mesmo por causa da combinação desses dois fatores. A mudança, por sua vez, é extremamente bem-vinda, a vontade de melhorar e se aprimorar deve ser um pré-requisito para qualquer organização. No entanto, o que poucos deles parecem saber é que mudanças exigem sacrifícios.

Mais: quando falamos sobre valorização de colaboradores, não estamos falando necessariamente de bolos de aniversários, aumento de salário, dias de folga… Essas coisas são importantes dentro de uma estrutura que o valoriza, que entende a sua necessidade e, portanto, esse recurso é usado apenas como uma ferramenta para demonstrar essa valorização. Não adianta assediar moralmente o colaborador, criticá-lo em público, criar uma relação abusiva dentro do ambiente organizacional e, no mês do seu aniversário, promover uma festa. Toda a imagem negativa já foi impressa não apenas no colaborador, como em toda a empresa. Essas ações isoladas, inclusive, podem ter o efeito contrário, uma vez que o colaborador pode se sentir manipulado.

A mudança, portanto, tem que ser estrutural, partindo de dentro para fora e feita com a disposição da liderança. Sim, é alterar todo o formato de trabalho ao qual você está acostumado, é mudar os status quo pré-estabelecido na organização. Para além disso, é um processo de autoconhecimento, pois falamos aqui sobre uma revisão de comportamento necessária e olhar para dentro nunca é fácil porque geralmente erramos com a vontade de acertar.

Um outro fator de mudança é o gasto necessário para a mudança. É investir em treinamento e capacitação de colaboradores, em comunicação externa e interna. Medidas paliativas vão apenas adiar a explosão dos problemas, não resolvê-los. Então, por exemplo, não adianta querer dobrar o número de clientes e não investir na comunicação ou na contratação de colaboradores competentes e apaixonados pelo que fazem.

A necessidade da mudança não funciona sozinha, é preciso querer e, ao querer, é preciso estar aberto para aceitar os sacrifícios, sair da zona de conforto e caminhar para um local que pode até parecer incerto, mas que no futuro fará uma diferença extremamente importante.

Mateus Gonçalves
Relações Públicas na Marcô Comunicação

 

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