Home office: do sofá de casa para o mundo

Passei a manhã inteira sentada no sofá de casa, de pijama, com o computador no colo, jazz baixinho tocando (só pra deixar o ambiente ainda mais aconchegante), um copo térmico de café do lado e a atenção toda voltada para as demandas que eu preciso entregar HOJE.

Poderia facilmente ser a introdução de um diário ou a conversa informal entre amigos, mas esse é o relato mais puro e genuíno de mais uma segunda-feira (meu dia preferido da semana e de outros integrantes da Marcô, eu posso provar) de trabalho home office. Como já foi dito aqui há algum tempo, esse coletivo nasceu assim, cada um trabalhando de sua casa, com uma ou duas reuniões semanais na casa da Boss (lá nos primórdios) e depois em coworkings. Os atendimentos aos clientes sempre aconteceram e aqueles que não precisavam ir a reuniões ou visitas seguiam de casa fazendo seu trabalho e entregando as demandas que quase sempre são urgentes (coisas da Comunicação).

Durante a pandemia, sentimos sim a falta dos nossos encontros pessoais. Muito mais por gostarmos de estar perto um dos outros, de ouvir as risadas e sugestões de refações ao vivo e em tempo real, das trocas que se dão ainda mais presencialmente. Porém, a dificuldade que muita gente/empresa teve para se adaptar ao novo formato, passou pela Marcô de forma absolutamente ordinária: a gente já sabia como era a dinâmica de estar separado e junto dia após dia.

Enganou-se quem cogitou ter mais tempo livre nos seus horários comerciais, o home office requer uma disciplina (que eu, assumo, ter demorado pra adquirir) ainda maior do que os escritórios com cartões de ponto. Exige reuniões virtuais com hora marcada (você está em casa TRABALHANDO e não descansando), pautas que devem ser concluídas (no home office ou fora dele), respeito e entendimento de quem está em casa com você, paciência com a internet que nem sempre colabora com as suas necessidades, organização até para as pausas para as refeições.

Trabalhar de casa é poder estar uma manhã de segunda no sofá com os cabelos despenteados e produzindo como se estivesse numa sala no coração nervoso de Salvador. É saber que a empresa com a qual você contribui há mais de 15 anos entregou todas as salas de escritório no segundo mês da pandemia porque percebeu que os resultados são os mesmos e que cada funcionário se apresenta cada vez melhor. É você ter sido contratado por uma empresa de São Paulo e jamais ter colocado os pés lá e comemorar em um ano a segunda promoção. É tanta coisa que temos vivenciado ou presenciado pelo olhar de terceiros que uma coisa é certa: nada será como antes.

O home office são todos esses exemplos reais que já era um formato interessante e muito usado mundo afora, entretanto, pouco valorizado por muitos. E você, prefere o conforto do seu sofá ou o aperto dos sapatos abaixo da mesa imensa de reuniões enfadonhas?

Maiana Marques
Jornalista e fotógrafa na Marcô Comunicação
Especialista em Marketing Estratégico

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